sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Os nomes

Substantivos e adjetivos são modos de chamar e qualificar as coisas e as pessoas. Isso é o que eu ensino para as minhas crianças.

Nomear algo ou alguém é o mesmo que possuir esse algo ou alguém. Isso é o que eu li enquanto fazia minha dissertação.

Palavras. Eu sou cheio delas, todo completo por elas, não sou?

Mas quero falar das palavras que me dão, sem que eu as tenha pedido.

Substantivos, adjetivos, nomes [feios]. Já me chamaram de tanta coisa, sabe?! De antipático, arrogante, falso, chato, estranho. De poeta, louco, escritor, maldito e anjo. Já me disseram que sou simpático, carinhoso, talentoso, educado e sensível. Como também já incluíram na lista que me nomeia irresponsável, desorganizado e incompetente. É. Nunca falta quem nos chame de alguma coisa, quem tente nos definir para nos dominar de algum jeito.

Já me chamaram de amigo, de irmão, de filho e de pai. Já me chamaram de senhor, professor, mestre, doutor e homenzarrão. Já me chamaram de gatinho, de feio e de gordo. E de Thiago Lacerda [hehehe]. Já disseram que sou autoritário, submisso, depressivo, feliz demais, frio, chorão, triste, depressivo e insensível. São contraditórios os nomes, eu sei. A culpa seria minha, que vario tanto, ou das pessoas que não se encontram?

Já me chamaram de sagitariano, de cincodezembrista e de leitor. Já me fizeram neurótico, cínico, infantil, maduro e debochado. Míope, cego, surdo, desastrado, estabanado, ansioso, calmo, cuidadoso, neto e afiliado [de loucos]. Já me chamaram de adotado, de mal-educado e de tinhoso.

Meu Deus. Para cada palavra que escrevo nascem três outras novas. E a lista, percebo, é infinita. Já fui chamado de quase tudo e quase tantas vezes a ponto de me acostumar até a não ser.

Já me chamaram de muito, é verdade, mas só uma pessoa me chamou de amor.

Você.

E porque você um dia escolheu me chamar de amor, eu posso dizer que hoje sou uma pessoa melhor. Pelo teu exemplo. Você me fez crescer e pertencer de um jeito que eu nunca imaginaria.

A tua força é hoje a minha.

Eu admiro muito tua organização, tua dedicação, teu jeito todo borboleta de cuidar de mim. Eu não conheço ninguém mais assim. Forte quando precisa e frágil quando está no meio do meu abraço. Bonita sempre. Amiga em todas as horas. Amante quando me arrepia inteiro. Carinhosa, preocupada, responsável. Criativa, inteligente [e nem adianta me dizer que não], carretel de quando em vez... Apaixonada, apaixonante, leal e envolvente.

Nossa. Eu tenho tantos, tantos nomes para te chamar. Mas entre todos, eu prefiro também te chamar de amor.

E te dando o nome de um sentimento – o maior deles – eu espero dizer, pelo menos um pouco, o que você provoca dentro de mim.

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