sábado, 12 de junho de 2010

Do que há para dizer...

Um dia você pediu para que eu não fosse para muito longe, lembra? Numa esquina qualquer nos dizíamos um quase-adeus, e como doía... Você, minha borboleta delicada, disse que, em todo caso, também tinha asas, podia voar ao encontro deste anjo aqui...

E eu desejei tanto que suas asas se abrissem. Desejei aspirar, borboleta, teu cheiro de flor. Desejei ver tuas cores mais secretas, bem de perto. Desejei teu calor inteiro.

E como foi bom quando nos encontramos em pleno ar. Sim, porque a sensação de ter você é sempre a de voar. É a leveza de um amor inteiro, de toques carinhosos, de abraços quentes, de mãos sempre atadas.

Ah, borboleta. Meu peito ainda explode, como naquele dia. Minhas horas longe de ti ainda são cruéis, horas de terra, horas rudes. E qualquer vento confundo com teu bater de asas, qualquer perfume me deleita em esperar tua presença, qualquer pingo da tua voz me dá a esperança de ser completo.

Há tanto, pequenina, que eu queria te explicar. Há tanto dentro de mim para ser transformado em palavras, há um frêmito doido no meu coração, uma lágrima pendurada no olho... mas eu poeta já não sou. Sou só o teu menino. Às vezes confuso, às vezes assustado, quase sempre carente.

Digo: sou teu. E de repente não preciso dizer mais nada.

Um comentário:

  1. Owww, que lindo! Neste dia dos namorados, é uma verdadeira declaração de amor.

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